Eu queria uma filha

 Me chamo Rosana, sou mãe do Júlio e do César, meus filhos gêmeos. Antes mesmo de me casar já sonhava em ser mãe, especificamente de uma menina, sempre me imaginava cuidando da minha doce e delicada garotinha, compartilhando coisas de mãe e filha, essas coisas. 

 Quando descobri que estava grávida a sensação que tive era de que esse sonho logo se realizaria, no primeiro ultrassom foi revelado que eram gêmeos, mas ainda não dava para saber o gênero, porém já imaginava minhas duas meninas. Semanas depois, no segundo ultrassom, deu pra ver que um dos gêmeos é menino, o outro ainda não dava para ver. Eu continuei esperançosa, achando que teria um casal, claro que seria mais apegada a suposta menina, até mesmo já escolhendo os nomes, Júlia e César.

 Já estava com quase nove meses de gestação sem saber o sexo do outro bebê, simplesmente a posição em que ele estava não dava para identificar, porém eu coloquei tanto na cabeça do meu marido que o outro bebê era uma menina, que preparamos tudo para um casal. O quarto dos bebês ficou dividido, um berço azul para César, com decoração de carrinhos e roupas de menino e um berço rosa para Júlia, com bonequinhas de pelúcia e roupinhas de menina.

 Finalmente a bolsa estourou, já no hospital, meu marido acompanha o trabalho de parto, nasce primeiro César, eu estava quase inconsciente mas precisava me esforçar para minha Júlia nascer, até que nasceu! Mesmo enfraquecida notei o olhar de surpresa que meu marido fez ao ver o segundo bebê, "É outro menino!" disse ele.

 Claro que estava feliz com o nascimento dos gêmeos, mas confesso que fiquei decepcionada, eu tinha certeza na minha cabeça que seria um menino e uma menina. Ainda estava tudo bem, até que veio a notícia que fez meu mundo cair, eu não poderia ter mais filhos, meu útero já era, o sonho de ter minha garotinha encerrava ali.

 Três dias depois chegamos em casa com os gêmeos, tivemos que dividir as roupas de César com nosso agora Júlio, ficando várias roupinhas de menina na cômoda com puxadores de coração sem utilidade, Júlio teve que ficar no berço rosa de qualquer maneira, assim como os lençóis e cobertas de princesa que não poderiam ser trocados. 

 Meu marido e eu discutimos quanto ao destino das coisas de menina no quarto, ele queria doar, mas eu disse que aquilo tudo custou caro e que o bebê não se importaria com lençóis e toalhas de princesas e bonecas de pelúcia. 

 Geralmente gêmeos do mesmo sexo, ainda mais sendo meninos, costumam ter tudo em comum, divide tudo, até por questão de economia, mas eu não fiz isso, poderia dar banho em Júlio na mesma banheira azul de César, mas fazia isso na banheira rosa, ou usar uma das toalhas de super-herói de César ao invés da toalha com borda rendada, eu mantinha essa individualidade, mesmo dividindo as roupas, na minha mente aquelas roupas eram apenas de César, Júlio usava por não ter as próprias de menino.

 Uma semana depois, com meu marido trabalhando eu passava a maior parte do tempo sozinha com as crianças. Seguindo a rotina, dei banho e vesti César, depois preparei a banheira rosa para dar banho em Júlio, o sequei com a toalha florida rendada, coloquei a fralda e o deixei no berço com lençol da Moranguinho, então resolvi abrir sua cômoda para ver se tinha um body de cor neutra, mas logo me encantei vendo novamente os vestidinhos e calcinhas de babados que eu mesma escolhi com tanto carinho esperando minha menina. Me julguem a vontade, mas eu fiquei curiosa em saber como seria minha menina se tivesse nascido, então peguei um vestidinho vermelho e vesti em Júlio, também coloquei a calcinha de babados bunda rica combinando, concluindo com uma faixa de cabelo com lacinho. Quando peguei ele no colo com aquelas roupinhas me emocionei, era como se minha Júlia estivesse ali. E isso acabou se repetindo e virando rotina, toda vez que estava sozinha com as crianças, passei a vestir Júlio com roupinhas de menina.

 Como meu marido passava o dia todo fora trabalhando e era raro receber visitas, eu praticamente criei Júlio como uma menina, lembro dos seus primeiros passos em seu vestidinho rosa, lembro de dizer para César tratar bem sua irmãzinha, fazendo ele brincar com seus carrinhos e Júlio com as bonequinhas. Foi desse jeito enquanto haviam roupas de menina que serviam, uns dois anos.

 O tempo foi passando, as crianças crescendo, adquirindo roupas novas e perdendo as antigas, com isso Júlio já não tinha mais nenhuma roupa de menina, porém guardadas na cômoda com puxadores de coração, assim como suas toalhas e lençóis ainda eram. Toda vez que comprava roupas novas para eles, olhava as roupas de menina, confesso que quase comprei, mas perdi a coragem e deixei pra lá, mas para compensar, comprava algumas peças de cores suaves, camisas lilás e roxas por exemplos, até um short rosa encontrei, sempre apenas para Júlio. 

 Dez anos se passaram, me mudei para um condomínio de casas após o divórcio, para César foi um período difícil, pois ele é bem apegado ao Pai, já Júlio encarou com tranquilidade. 

 César é um verdadeiro atleta, entre outros esportes que praticava, era o melhor jogador de futebol da sua antiga classe na escola, o pai até o matriculou na escolinha de futebol, claro que para parecer que César não é seu filho preferido, tentou colocar Júlio também no time, mas não deu certo, ele não tinha o talento do irmão para os esportes, com isso, enquanto o pai ia com César para os jogos, Júlio ficava comigo em casa, me ajudando com algumas tarefas domésticas.

 Certo dia, chamei Júlio para me ajudar na cozinha, mas antes mandei ele colocar o avental para não sujar a roupa, ao ver o avental ele questionou na hora, pois era o de cupcakes com babados, bolsos e laços grandes de amarrar cor de rosa. "Eu tenho mesmo que usar isso māe" ele disse já meio envergonhado, mas eu disse que era só um avental, só para não sujar sua roupa, que ele seria bobo em não querer usar, também disse que ele só usaria quando seu irmão não estivesse em casa, com essa condição ele acabou concordando. 


 O avental nele chegava na altura dos joelhos, como ele estava de short, vendo de frente parecia um vestido. Mesmo admirada em como ele ficou fofo de avental, tentei ficar indiferente para não envergonha-lo ainda mais. Como todo dia César saía para treinar, todos os dias Júlio me ajudava usando seu avental, eu não disse isso a ele, mas como só ele usava, era sim seu avental rosa fofo.

 "Júlia, arruma a mesa para o jantar", eu só percebi como o chamei quando ele me olhou com aqueles olhos grandes, pensei que ele ia chorar, mas ficou apenas no embaraço e foi fazer sua tarefa, mas o fato é que vendo Júlio com aquele avental imaginava os momentos de mãe e filha que teria com Júlia.

 Voltando a falar da mudança para o condomínio de casas, o lugar é lindo e a casa espaçosa, já mobiliada, pertence a uma amiga minha que se mudou com a família para a Flórida, não levaram quase nada, e cada um dos gêmeos teria seu próprio quarto, mas têm um porém, um dos quartos era de um garoto fã de futebol, com o lençol da cama do mesmo time que César torcia, claro que aquele quarto seria o dele, por outro lado, o outro quarto obviamente era de uma garota, com as paredes rosa pastel, cortina lilás e cama com lençóis de flores. Claro que Júlio protestou quando eu disse que este seria o seu quarto e não tinha outra opção, que foi uma questão de sorte para César e azar para ele, mas o que o deixou mesmo horrorizado foi quando ele fechou a porta por dentro e viu colado o pôster do Jacob da saga Crepúsculo sem camisa, que a filha da minha amiga era apaixonada na época. 


 Como estava muito bem colado, era impossível tirar sem danificar, logo ordenei para não tentar tirar, dizendo que a filha da minha amiga ainda poderia querer e que não deveríamos mexer demais na casa, na verdade eu é que gostaria ter algo assim para admirar no meu quarto e não quis rasgar. 

 Quando César viu o novo quarto do irmão não segurou o riso, "Esse quarto é a sua cara Júlio" ele dizia zombando, abrindo o guarda-roupa e mostrando algo que ainda não tinham visto, várias roupas femininas que a garota deixou para trás afim de renovar tudo na Flórida. Apesar de zombar um pouco, César se compadeceu do irmão que não parava de reclamar do quarto, então eu disse que resolveria isso depois e que fossem explorar o restante da casa.

 Passados alguns dias, mesmo com certa relutância, Júlio foi se acostumando com seu quarto rosa e a companhia do Jacob sem camisa, na condição de que ninguém soubesse ele parou de protestar. 

 O que mais chamou a atenção dos gêmeos na nova casa foi a piscina, esperaram ansiosos aqueles dias frios passarem para poderem entrar nela.

 Finalmente um dia quente e ensolarado! Os gêmeos correram para a piscina, como não tinham traje de banho, deixei irem de cueca, foi uma péssima ideia, as cuecas slip de algodão ficavam pesadas e caindo quando molhadas. César ficou envergonhado ao sair da piscina e deixando a cueca para trás, pulando de volta para vestir, vendo isso Júlio tentou sair segurando a cueca, mas é muito difícil sair de uma piscina com um braço só, fora da piscina a cueca molhada também era bem incomoda. César se lembrou que entre algumas roupas deixadas para trás no seu quarto havia uma sunga de banho que poderia servir nele, eu disse que era uma ótima ideia, e realmente foi, ele voltou usando a sunga e foi para piscina, "Muito melhor! Sem comparação" dizia ele.

 César estava se divertindo sem preocupações na piscina, o mesmo não podia falar de Júlio, perguntando se não havia outra sunga como aquela, mas não tinha. Nesse momento me passou algo na cabeça e disse "Mas tem um jeito se... deixa pra lá", porém Júlio mostrou interesse dizendo "Que jeito? Me fala que eu faço!" então disse o que estava pensando "Eu vi que a garota que dormia no seu quarto deixou também trajes de banho", antes de concluir César me interrompeu zombando "Júlio vai usar biquíni hahaha", com isso Júlio negou na hora, mas eu disse "Só a parte de baixo! Vai ficar aí todo limitado segurando essa cueca por frescura? Não sejam bobos", ele continuou intimidado, mas continuei argumentando que só a parte debaixo seria como uma sunga e que não tinha ninguém além de nós três para se envergonhar, César também ajudou dizendo "põe logo pra você poder pular na piscina como eu", então ele disse "É como uma sunga né, vocês prometem não contar para ninguém?" Após o combinado pedi para ele se cobrir com a toalha e tirar aquela cueca molhada e pesada. No banheiro, entreguei para ele a calcinha de biquíni, ao ver ele gemeu dizendo que parecia um tanto feminino demais, eu disse para ele não ser bobo e pensar no conforto. Logo sai do banheiro o garoto corado usando uma calcinha de biquíni estampada super fofa, com um lacinho na frente que era um charme.


 Todo tímido, Júlio sentia a calcinha de biquíni bem justa, puxando com as mãos  para não expor a popa da bunda, na frente notou que não tinha nenhum espaço para genitais, deixando quase entre as pernas, ficando uma frente quase sem volume.

Ao ver Júlio vindo todo sem graça, César pois a mão na boca segurando o riso e depois disse zombando "Você está uma gracinha em seu biquíni novo", mas o repreendi dizendo que não era um biquíni sendo só a parte de baixo. Vendo Júlio parecendo arrependido por ter aceitado minha ideia, pedi para ele entrar na água para perceber como seria mais confortável, então ele pulou na água, saiu e voltou de novo com muito mais confiança, ficando claro que a calcinha de biquíni era muito melhor do que a cueca. Depois de um tempo, acho até que ele se esqueceu do que estava usando, pois não parecia mais envergonhado. 

 Enquanto César permanecia na piscina, pedi para Júlio me ajudar a preparar o almoço, eu disse "Não precisa se trocar, depois você vai querer voltar pra piscina certo?", ele balançou a cabeça concordando, então eu disse "Pega seu avental, pois vamos fritar batatas", "Mas César está aqui! Ele vai zombar de mim" disse ele, então eu falei que César não ia sair da piscina até o almoço ficar pronto e para ele superar essa vergonha desnecessária do irmão. 

 Com Júlio apenas em sua calcinha de biquíni, ajudei a amarrar o grande laço rosa do seu avental de cupcakes. Se eu já achava fofo vendo de frente parecendo um vestido, de costa então estava graciosa! Deu para notar que ele se sentiu diferente usando apenas o lindo avental sem roupas.

 Com o almoço já preparado, informei Júlio que iamos almoçar ao ar livre, pedi para ele organizar os pratos e talheres na mesa de montar próximo a piscina, notei seu nervosismo no mesmo instante, mas garanti que César não contaria para ninguém, então o acompanhei com as panelas. 

 Ainda lembro do olhar de César ao ver Júlio se aproximando com aquele avental, primeiro ficou surpreso, depois levou para o humor dizendo "Nossa! Júlio resolveu virar menina! Sempre soube disso", "Pare de zombar do seu irmão! É só um avental! Sabia que ele sabe cozinhar? Veja que belo almoço ele preparou pra gente!" 

 Todo tímido e sem jeito diante do irmão, Júlio organizou a mesa para o almoço. Eu acho incrível como ele deixa os pratos e talheres de cada um padronizados, cada coisa no seu lugar, como em um restaurante. Antes dele se sentar, tirou o avental, ficando só com a calcinha de biquíni novamente.

 "A comida está deliciosa! Mandou bem Júlio" disse César, "Eu só ajudei a mãe" respondeu Júlio, "Eu só dei as instruções, Júlio que preparou tudo" eu disse.

 Após o almoço, César foi se arrumar para o treino e Júlio foi lavar os pratos, antes eu disse "Agora que César já viu e prometeu não contar a ninguém, você pode usar seu avental a vontade", mais pela minha vontade do que pela dele. Assim ele passou a ajudar nas tarefas usando seu avental mesmo com seu irmão em casa, assim como usou a calcinha de biquíni por todo o fim de semana. Durante esses dias ensolarados, Júlio me pediu para comprar um traje de banho masculino para ele, mas eu sempre "esquecia". 
 
 Outro dia ensolarado, César já estava na piscina com sua sunga, eu também resolvi curtir, coloquei meu biquíni asa delta estampado que me deixava bem sexy e chamei Júlio, que dizia não encontrar seu traje de banho, logo lembrei que havia deixado sua calcinha de biquíni junto com as roupas sujas enviadas para a lavanderia, então disse a ele que àquele não era o único biquíni que foi deixado para trás, claro que ele ficou encabulado por pensar em usar outra peça feminina diferente, mas para poder ter liberdade na piscina aceitou. Quando entreguei a outra calcinha de biquíni para Júlio, ele corou no mesmo instante, pois era de um biquíni verde água com babados plissados em forma de micro saia, antes que pudesse protestar, mandei ele provar. Após se vestir Júlio disse "Eu pareço uma menina usando isso! E também é mais apertada que a outra", foi a primeira vez que ouvi ele reconhecer que parecia uma menina. 


 A cena do garoto envergonhado em calcinha de biquíni diante do irmão surpreso se repetiu, "Minha irmãzinha já usa biquíni, avental rosa e agora uma sainha, vamos ter que chamar ela de Júlia", enquanto Júlio estava vermelho mandando César calar a boca, eu fiquei balançada ao ouvir o nome de Júlia e sorri.

 Enquanto César praticava saltos, Júlio se mantinha na piscina, dando a perceber que ainda não conseguia ficar a vontade como antes, não querendo se exibir muito em algo tão fofo e feminino, que parecia ainda mais apertada na frente que a outra, percebi que ele puxou as genitais para trás para conseguir vestir.

 Após quase um mês com Júlio revezando as calcinhas de biquíni, por pressão, tive que comprar uma sunga para cada um, pois César convidou um novo amigo para brincar na piscina, mas sempre que podia enviava a sunga de Júlio para a lavanderia, assim poderia vê-lo em calcinha de biquíni fofa novamente.

Comentários

Anônimo disse…
Nossa mais uma ótima história!!! Talvez a melhor delas!

Mas seria ótimo ter uma continuação de todas, das três.

Tenta continua-las por favor mais rapidamente pq fico ansiosa pra saber a sequência.

Você escreve muito bem mesmo! Parabéns!!
Veri cdzinha disse…
Amei a história nova! Super original! Não demora não
Anônimo disse…
Adorandooooooooo!

Você é demais!
Anônimo disse…
AMIGA, AMEI SEUS CONTOS.
Por favor continue, não co segui parar de ler, me vi sendo a isabela, o LUan e o Julio(a).

beijinhos

Vivi cdzinha
Anônimo disse…
Aiii que ótimooooo, continua!!!

Você escreve muito bem mesmo!
Anônimo disse…
Muito bomm! Continueee!
Anônimo disse…
Estou adorando!!
Samas disse…
Ótima história,como sempre! Mas concordo com a 1* leitora ,tenta continuar as histórias anteriores. Peça dicas , sugestões

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