A tradição - Um garoto em apuros

 Infelizmente para ele, Marcelo nasceu numa família bizarra com costumes bizarros, o pior deles é o que acontece com os garotos quando completam os 15 anos, assim como as garotas, é feita uma festa de debutante para eles, mas não é como um bar mitzvah, é realmente uma festa para uma garota, onde o jovem é caracterizado como uma garota e precisa agir como tal. Marcelo estava apreensivo, pois o dia do seu aniversário se aproximava.

 

 - Mãe, por favor! Não me faça ser uma garota na minha festa de aniversário! 

 - De novo me pedindo isso Marcelo! Não dá, é uma tradição da família e não tem nada de mais, acho até que você vai gostar!

 Alice, a irmã de 17 anos, riu com o comentário da mãe.

 - O que vai ser de mim mãe? Toda a família vai me ver!

 - Bom, seu pai não deixou de ser homem, nem seu avô. Todos passaram por isso e estão bem.

 - E quanto ao primo Luis?

 - Aí foi opção dele, ou dela, sei lá... Mas não me venha com argumentos, se ficar resistindo vai ser pior, só curte o momento quando ele chegar.

 - Eu estou ansiosa para esse momento! Quero que chegue logo - Disse a irmã.

 No dia seguinte, a tia Sueli, irmã do pai de Marcelo e mãe de Luis, veio fazer uma visita, trazendo os álbuns de fotos que todos já conheciam, que contém as fotos do pai e do avô de Marcelo aos quinze anos, o garoto sentia vergonha por eles toda vez que via aquelas fotos, assim como o seu pai, já o avô não se importava mais, e brincava com o fato.

 - Venha aqui Marcelo! Venha ver seu pai e seu avô. Tenho certeza que você vai ficar mais fofa do que eles.

 - Não fala isso tia - Disse Marcelo corado.

 Alice adora ver aquelas fotos e já estava ao lado de Sueli, já Marcelo olhava a foto imaginando o quanto seu pai ficou constrangido naquele pequeno vestido jeans nos anos 90.

Foto ilustrativa da roupa que ele usava

 E outra de mini saia xadrez por cima da camisa branca bem típico também, assim como as botas de cadarço e salto alto.

Foto ilustrativa da roupa que ele usava

 - Ainda me lembro do seu pai tentando andar no salto alto! - Disse Sueli rindo.

 - O pai estava incrível! Ele era uma coisa muito fofa! - Disse Alice.

 - Agora vejam essa do seu avô que eu mandei restaurar.

 A foto do avô no mini vestido estilo hippie dos anos 70 colorizada parecia ainda mais constrangedora para Marcelo, imaginando o quanto aquilo chamava a atenção.

Foto ilustrativa da roupa que ele usava

 Se Sueli mostrou novamente aquelas fotos para Marcelo se preparar para a sua vez, não deu certo, ele se sentiu incapaz de ser visto por alguém usando trajes semelhantes.

 ...Alguns dias depois.

 Faltando três dias para sua festa de aniversário, Marcelo não fazia ideia de como seria, sua mãe, sua irmã e a tia Sueli mantinham tudo em segredo, dizendo a ele que era surpresa, isso o deixava ainda mais aflito.

 Marcelo ia se trocar para ir a escola, mas foi interrompido pela mãe.

 - Você não vai pra escola, hoje vamos começar seu treinamento.

 - Treinamento? Como assim? 

 - Vou te mostrar, venha!

 Ele segue a mãe até o quarto dela, que coloca uma mala grande sobre a cama, ao abrir Marcelo é surpreendido com a grande quantidade de roupas femininas.

 - Como é seu primeiro dia, pode escolher a primeira peça de roupa que você vai usar hoje.

 - Como assim mãe? Meu aniversário é só daqui a três dias!

 - Exatamente, então temos pouco tempo para fazer de você uma garota convincente!

 Marcelo ficou chocado, o pensamento de ser feminizado apenas na festa já o pertubava, agora sua mãe vem com essa novidade. 

 - Vou ter que me vestir como uma garota a partir de agora? Isso não é justo! 

 - É necessário, pois não é só se vestir como uma garota, você precisa ser uma garota, precisa praticar maneirismos, se maquiar, entre outras coisas.

 - Não quero fazer isso! É muito constrangedor!

 - Ok Marcelo, pare de chorar, respira, apenas escolha uma peça de roupa para provar, só pra ver como fica.

 Com um frio na barriga, entre saias e vestidos Marcelo encontra um shortinho jeans, foi o item escolhido por ele.

 - Sua escolha não me surpreendeu, agora eu escolho o que vai combinar com o seu short, mas já pegue isso e vá se trocar!

 Ao ver o que a mãe coloca em sua mão, o garoto ficou corado.

 - Calcinha não mãe!

 - Calcinha sim! Pare de frescura, ninguém vai ver.

 No banheiro do quarto, já sem roupas, Marcelo pega a calcinha azul de tecido fino, com detalhes em renda e lacinho na frente, ao se ver no espelho com ela se constrange.

 - Não vista o short agora! Venha aqui que eu já providenciei uma combinação.

 Marcelo estremeceu de vergonha ao ficar diante de sua mãe só de calcinha, ainda mais com o sutiã de enchimento que ela colocou sobre ele.

 - Sutiã é realmente necessário?

 - Extremamente necessário no seu caso. Agora é vez da meia fina, puxe pelas pernas com cuidado!

 Com a ajuda da mãe, Marcelo sentia a meia calça de fio fino modelando suas pernas.

 - Acredito que essa blusa vai ficar bem com seu shortinho.

 Marcelo veste a blusa vermelha com decote em V de mangas longas e solta acima do umbigo, percebendo o quanto o sutiã dava volume de seios. Em seguida puxa o short jeans, que quando ele pegou já parecia pequeno.

 - É um shortinho de cós alto Marcelo, pode puxar até o umbigo!

 - Mas assim não cobre nada minhas pernas mãe! 

 A mãe deixou ele usar os próprios sapatos e o posicionou diante do espelho, ao se ver no shortinho apertado, as pernas de meia fina expostas e a blusa curta mostrando a barriga em seu corpo nada másculo, Marcelo ficou impressionado e envergonhado.

Foto ilustrativa da roupa que ele usava

 - Oh não! Isso me deixou com um corpo de garota mãe!

 - Nossa! Ficou incrível! Tudo se encaixou e modelou seu corpo perfeitamente. Sua irmã precisa ver isso!

 Sua mãe o puxa pela mão e o leva até a cozinha, onde estava Alice, que fica boquiaberta ao ver o irmão naquelas roupas.

 - Nossa Marcelo! Você ficou muito gracinha! Muito fofa!

 A mãe ordenou para Marcelo dar uma voltinha para Alice ver atrás.

 - Nunca reparei que meu irmãozinho tinha uma bunda tão redonda e empinada, além da cintura fina, ficou atraente.

 Marcelo estremeceu com esse comentário, percebendo que a meia calça e o shortinho modelavam sua bunda.

 Alice foi para a escola e a mãe tinha que cuidar dos preparativos para a festa, deixando Marcelo livre para o dia, que apesar de estar em roupas femininas, pelo menos o deixariam em paz, foi o que ele pensou.

 - Infelizmente tenho muitos afazeres e não posso cuidar de você agora, mas isso não significa que você vai ficar sem fazer nada, portanto, calce essas sandálias para praticar andar em salto altos.

 A mãe lhe entrega as sandálias de salto alto de tiras cruzadas

 

 Ao apertar as fivelas, Marcelo observa seus pés em meia fina que se encaixaram perfeitamente.

 - Levante-se! Não mandei você calçar isso para ficar sentado.

 - Não vou conseguir andar com isso!

 - Por isso você deve praticar! 

 Ao ficar de pé, Marcelo percebe a mudança que os saltos fizeram em sua postura.

 - Você precisa caminhar com elegância, um pé na frente do outro, pratique com as mãos no quadril!

 Mesmo inseguro, Marcelo caminhou conforme as instruções de sua mãe, se desiquilibrou no começo, mas logo foi se acostumando e pegando a jeito.

 - Vá para o meu quarto e pratique diante do meu espelho, estarei no escritório e quero ouvir o barulho dos saltos!

 Resmungando, ele foi até o quarto de sua mãe, assim que se vê no grande espelho um arrepio percorre todo o seu corpo, notando o quanto as sandálias de salto alto o fez parecer ainda mais feminino, principalmente a bunda, que ficou ainda mais empinada.

 - Nunca pensei que apenas com roupas de garota eu fosse ficar tão parecido com uma, meu corpo tem curvas femininas e nunca percebi.

 Ele começou a caminhar diante do espelho, se afastando de costas, então lembrou do desfile de moda que assistiu na tv, começando a andar como as modelos. Novamente as ondas de choque o atingiram, a calcinha delicada, o toque feminino das meias finas, o sutiã apertando, o ar entrando pela blusinha, as longas pernas em exibição, o shortinho cobrindo apenas a bunda redondinha e empinada e desfilando diante do espelho lhe trouxe sentimentos muito estranhos, sentindo um tipo de atração física pelo seu próprio reflexo, isso o levou a praticar poses femininas.

 O shortinho jeans apertado não oferecia espaço para sua ereção, seu coração batia rápido ao andar balançando o quadril, como se estivesse tentando seduzir alguém, no caso ele mesmo. Começou a gesticular todo afeminado, sentou na cama como uma garota, mantendo as coxas bem juntas, estimulando seu pênis que roçava nelas, ele estava ofegante vendo suas pernas tão femininas na meia calça fina que não aguentou mais, tendo um orgasmo ali mesmo.

 Passado esse momento, Marcelo voltou a si, com sentimento de culpa e vergonha de si mesmo.

 Continua em A tradição - Parte 2 - Treinamento