Os amigos - Parte 3 - A proposta
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O constrangimento naquele quarto veio das duas partes, ficamos um tempo sem dizer uma só palavra, até Mário quebrar o silêncio:
- Pode deixar a mochila ao lado da penteadeira e sentar na cama.
Ele continuou falando com a voz doce feminina, o que me surpreendeu.
- Tudo bem Mário, sua mãe não está aqui.
E tentando evitar ficar de costas pra mim ele fecha a porta. Confesso que mesmo sendo Mário, a imagem que eu via era de uma garota muito sexy em um quarto todo feminino, então não pude tirar a mochila do colo ainda.
- Se ela ouvir minha voz diferente dessa vai ser pior, por isso preciso manter minha voz o mais feminina possível sempre.
- Acho que não tem mais como as coisas piorarem pra você Mário.
- Eh... Queria que você estivesse certo.
Vendo como seu rosto corou ao dizer isso, percebi que ele tinha razão, mas aquela voz feminina me deixava arrepiado, teria que me acostumar.
- Cara, ainda tenho dificuldade em acreditar no que está acontecendo com você, como as coisas chegaram a este ponto?
- Minha mãe disse que essa é a única maneira de me curar.
- Te transformando em garota?
- Sim.
Nesse momento Mário se senta ao meu lado, segurando a saia na frente já que atrás era em vão, se esforçando para não mostrar a calcinha com as coxas bem juntas.
- E até quando vai esse castigo?
- No começo também pensei que era só um castigo, mas foram passando os dias e agora já não sei.
- Então desde o dia em que você foi expulso da escola sua mãe te veste assim? Não é só pra te humilhar na minha frente?
- Ela se livrou de todas as minhas roupas masculinas, disse que mandou para doação.
- Nossa cara! Então você realmente fica o dia todo aqui como empregada, logo você que mal parava em casa e odiava tarefas.
- É isso e provar tudo que minha mãe trás pra eu usar.
- E ela trouxe muitas coisas?
- Sim, sempre que ela vai em uma das lojas me trás algo para usar.
Até eu fiquei corado lembrando que Rosana é dona da maior rede de sexshop da região.
- E quanto a escola?
- Também não sei, ela vive ameaçando de que se eu não me empenhar em ser uma boa garota, vai me mandar para a escola desse jeito.
- E como está sendo pra você passar por toda essa situação?
- Quando fui surpreendido no primeiro dia parecia um pesadelo, implorei para ela não fazer isso, prometi que seria um cara melhor, mas quando me vi pela primeira vez feminizada soube que havia sido derrotado, nos dois dias seguintes continuei prometendo mudar, tentei negociar sem sucesso, até que só me restou a rendição.
Eu não sabia mais o que dizer, então resolvi pegar meu caderno e mostrar o conteúdo dos últimos dias, falei sobre a escola mas não disse que sem ele está tudo mais tranquilo por lá.
- Jorge, preciso de falar uma coisa, na verdade te pedir um favor.
- Pode falar Mário.
- Ai nossa! Não sei nem como te dizer isso.
- Fala logo cara!
Estranho chamar alguém em aparência tão fofa de cara.
- Então, minha mãe tem um jantar com empresários amanhã e... ela faz questão que eu vá também.
- Nossa Mário! Então quer dizer que você vai ter que sair como uma garota?
- Eh... não será a primeira vez.
- O quê! Você já saiu em público assim?
- Você já está tão surpreso! Melhor parar por aqui.
- Não, pode continuar!
- Então, minha mãe está exigindo que eu vá acompanhada e... se eu não conseguir ninguém para isso ela disse que vai contratar um garoto de programa para ser meu par. Eu não quero isso de jeito nenhum!
Seus olhos se encheram ao dizer isso, seu nervosismo era claro.
- Esse é o favor que te peço Jorge, que me acompanhe nesse jantar.
- Oh nossa Mário! Sair com você como um casal? Isso é muita novidade pra mim.
- Por favor Jorge! Por mim!
Sei que deveria ajudar meu amigo, e ainda vendo aqueles olhos suplicantes com longos cílios postiços, rímel e sombra, fazendo beicinho com aqueles lábios em rosa brilhante acabaram me convencendo sem pensar direito.
- Ain obrigada Jorge! Você não tem noção de como sou grata pela sua amizade.
Ele falou de modo tão feminino e gracioso que fiquei constrangido.
- Bom, acho que já vou indo.
- Certo, te levo até a porta.
Ele se levanta puxando um pouco a minissaia que subiu quando se sentou, abrindo a porta com o enorme pôster colado de um homem musculoso somente com chapéu de cowboy e cueca.
Rosana estava na sala quando descemos.
- Já vai Jorge? Quer que Maria prepare um lanchinho?
- Não precisa dona Rosana, até amanhã.
- Você volta amanhã Jorge?
Mário diz todo tímido:
- Ele vai ao jantar com a gente.
- Hum! Que ótimo! Maria vai estar bem linda pra você amanhã!
Fiquei tão corado quanto Mário nesse momento.
- Tchau Jorge! Te espero amanhã.
Disse Mário ainda corado me dando um beijo no rosto que me deixou atordoado.
Durante todo o caminho até minha casa não conseguia parar de pensar sobre esse jantar no dia seguinte, pensei em faltar, mas seria muita mancada com Mário, se bem que se ninguém no jantar souber que ele é um cara, só vou ser alguém acompanhando uma garota muito bonita.
Já em casa, pensei no dia que tive com Mário, no constrangimento que tive de ficar excitado diante dele e Rosana. Pensando em como ele estava sexy e provocante de colegial meu pau ficou super duro, me fazendo correr para o banheiro. Lembrando do momento que ele sentou no meu colo, coloquei meu pau para fora da calça e comecei a me masturbar, fazendo mais intensamente lembrando daquela bunda redondinha com a calcinha enfiada se encaixando em mim, não aguentei e esguichei um jato branco como nunca antes.
Após me aliviar fui para o meu quarto, lá coloquei as mãos na cabeça me perguntando o que foi que acabei de fazer.
Continua em Os amigos - Parte 4 - Hora da festa
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